Microrredes: desafios e oportunidades no contexto brasileiro

Concert Technologies • 28 de março de 2025

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O Brasil tem assistido a um crescimento surpreendente na Geração Distribuída (GD), especialmente na energia fotovoltaica. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as projeções para 2030 em capacidade instalada e número de Unidades Consumidoras (UCs) que produzem sua própria energia foram superadas já no final de 2022, com cerca de 2 milhões de UCs utilizando créditos de energia de GD. a


Compostas por pequenos sistemas de geração e armazenamento, as microrredes são uma solução para a integração mais eficiente das diversas fontes de energia. Elas permitem que pequenas redes locais operem de forma independente, reduzindo a dependência da rede elétrica principal. 


Para descobrir como as microrredes estão transformando o cenário energético no Brasil, quais são os principais desafios a serem superados e as oportunidades que essa inovação traz para consumidores e empresas do setor elétrico, continue lendo! 


O que são microrredes? 


Microrredes são sistemas energéticos locais que combinam fontes de energia distribuídas — como painéis solares, turbinas eólicas e geradores — com tecnologias de armazenamento, como baterias. Os sistemas funcionam de forma integrada, de modo a permitir que as unidades consumidoras (UCs) gerem e gerenciem sua própria energia de maneira mais efetiva. 


Uma característica fundamental das microrredes é a capacidade de operar tanto conectadas à rede elétrica principal quanto de forma independente. Esse fator é crítico para garantir segurança e continuidade no fornecimento de energia, mesmo durante interrupções da rede principal. 


Além disso, as microrredes permitem uma gestão energética mais inteligente por meio de sistemas de gerenciamento de energia (SGEM). Esses sistemas coordenam o uso e a distribuição de energia, assegurando que a energia limpa gerada localmente seja maximizada e que o uso de fontes menos sustentáveis, como geradores a diesel, seja minimizado. 


3 benefícios das microrredes 


Ao combinar geração de energia local, armazenamento e controle inteligente, as microrredes proporcionam diversas vantagens para consumidores e concessionárias, como, por exemplo: 


1. Sustentabilidade 


As microrredes permitem a integração de fontes de energia renovável, como solar e eólica, diretamente nas instalações locais. Como resultado, isso reduz a dependência de combustíveis fósseis, diminui as emissões de carbono e promove uma operação mais sustentável, alinhada às práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança), cada vez mais valorizadas pelo mercado. 


2. Redução de custos 


Com o uso de sistemas de armazenamento de energia, as microrredes podem otimizar o consumo local e reduzir os custos energéticos ao aproveitar tarifas mais baixas fora dos horários de pico. Além disso, os consumidores podem vender o excedente de energia gerada de volta à rede durante períodos de alta demanda, convertido em créditos de energia. 


3. Maior resiliência da rede 


Em caso de falhas na rede elétrica principal, as microrredes podem operar de forma independente, garantindo que instalações críticas, como hospitais e centros de dados, permaneçam funcionando. Essa capacidade de isolamento aumenta a resiliência contra interrupções e melhora a segurança do fornecimento de energia em situações de emergência. 


Fazenda Alegria: como as microrredes podem transformar a gestão energética de operações críticas 


A Fazenda Alegria, produtora de orquídeas em Nova Lima, MG, ilustra bem os benefícios das microrredes.. O crescimento saudável das plantas depende de um ambiente controlado, onde fatores como temperatura e umidade precisam ser rigorosamente mantidos. 


Para manter o ambiente controlado necessário ao crescimento das orquídeas, a fazenda utiliza um sistema de geração distribuída (GD) e um gerador a diesel (GMG) como backup, ambos desenvolvidos pela Concert Technologies. No entanto, durante falhas na rede elétrica, a GD é automaticamente desligada para evitar riscos de energização reversa, forçando o uso do GMG. 


Se a fazenda fosse convertida em uma microrrede, poderia manter o fornecimento contínuo de energia renovável, reduzindo os custos e as emissões de CO2, além de aumentar a resiliência operacional, mesmo em situações de instabilidade da rede. 


Principais desafios atuais para o desenvolvimento da GD e das microrredes 


Embora as microrredes ofereçam muitos benefícios, seu desenvolvimento enfrenta desafios consideráveis, principalmente no que diz respeito à regulamentação. 


1. Falta de regulamentação 


Um dos maiores desafios para o desenvolvimento da Geração Distribuída (GD) e das microrredes é a ausência de regulamentações claras e padronizadas. Atualmente, as regras e diretrizes para interconexão com a rede principal são complexas e, muitas vezes, desatualizadas, o que gera incertezas para investidores e consumidores. 


Essa falta de clareza impede a expansão em larga escala das microrredes, que dependem de regulamentações que incentivem a inovação e garantam segurança jurídica, o que desacelera a expansão dessas soluções no Brasil. 


2. Custos iniciais de implementação 


Os custos elevados de instalação de sistemas de microrredes, incluindo infraestrutura, equipamentos de geração renovável e sistemas de armazenamento de energia, também representam uma barreira significativa. 


Mesmo com a queda nos preços de tecnologias como painéis solares e baterias, o investimento inicial ainda é alto, especialmente para pequenos consumidores ou empresas. Programas de incentivo governamentais e modelos de financiamento inovadores são importantes para tornar as microrredes mais acessíveis. 


3. Capacitação técnica e resistência Cultural 


A adoção de microrredes também exige maior capacitação técnica para instalação, operação e manutenção desses sistemas complexos. Assim, a falta de mão de obra qualificada pode dificultar a expansão em larga escala. 


Além disso, pode haver uma resistência cultural à mudança, especialmente em setores acostumados a modelos centralizados de fornecimento de energia. A superação desse obstáculo requer campanhas educativas, treinamentos e esforços de conscientização sobre os benefícios das microrredes. 


4. Necessidade de infraestrutura de suporte para P&D 


Um suporte sólido para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é imprescindível para um país avançar em inovação. No entanto, no Brasil, a falta de uma rede de laboratórios abertos à indústria, que possam testar novas tecnologias e padronizar processos, limita o avanço das microrredes. 


Investir em P&D e criar ambientes colaborativos entre universidades, empresas e governo é essencial para desenvolver soluções tecnológicas que viabilizem e acelerem o crescimento dessas redes. 


O papel da ANEEL na disseminação da GD e microrredes no Brasil 


A ação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é primordial na resolução desses desafios. Como órgão regulador, a entidade é responsável por criar um ambiente normativo que favoreça o desenvolvimento das microrredes, eliminando contradições e promovendo a padronização de procedimentos técnicos e comerciais. 


Para que isso aconteça, é fundamental que a ANEEL avance na criação de políticas mais flexíveis e adaptáveis, que incentivem a adoção de tecnologias inovadoras e assegurem a proteção dos consumidores, ao mesmo tempo em que promovem a competitividade do setor elétrico brasileiro. 


Quer conectar sua usina ao sistema elétrico com segurança e confiabilidade? Fale com nossos especialistas e conheça nossas soluções especializadas para acessantes! 


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A relação entre a indústria aeroespacial e o desenvolvimento do setor elétrico pode não ser imediatamente óbvia para muitos, mas essa conexão está na base de inovações essenciais que moldam a forma como geramos e distribuímos energia. Tecnologias derivadas do espaço, como a sincronização de sistemas de proteção e o monitoramento detalhado de vegetação via satélite, são exemplos de como a expertise aeroespacial está impactando diretamente a eficiência e a segurança da rede elétrica. Atualmente, a importância dessa integração tecnológica é mais evidente do que nunca. O custo de lançamentos espaciais caiu drasticamente, com uma redução de mais de 95% desde o início dos anos 2000, facilitando o acesso a tecnologias de ponta que antes eram exclusivas de grandes agências espaciais, é o que mostra um relatório do banco Citi . Essa redução de custos está permitindo que empresas em todo o mundo utilizem dados de satélites para aprimorar a gestão de recursos críticos, como a energia elétrica, melhorando aspectos como a confiabilidade e a sustentabilidade de suas operações. Saiba mais sobre assunto no artigo! Monitoramento e gestão de vegetação No Brasil, onde cerca de 30% a 40% das falhas na distribuição de energia são causadas pelo contato de árvores com linhas de transmissão, a fusão de dados de imagens de satélite com outras fontes de informação tem o potencial de otimizar o gerenciamento de ativos no setor elétrico. Para mitigar esses riscos, a integração de tecnologias espaciais, como imagens de satélite, com Sistemas de Informação Geográfica (GIS) tem se mostrado uma solução eficaz. A combinação de dados de satélites com outras fontes de informação permite que as concessionárias monitorem, em tempo real, a vegetação que ameaça suas redes, identificando as áreas que necessitam de intervenção. Sistemas avançados de Inteligência Artificial (IA) são então empregados para classificar as árvores , gerenciar seu ciclo de crescimento e gerar planos operacionais de poda . Dessa maneira, as equipes de manutenção podem atuar de forma proativa, antes mesmo que haja uma intercorrência. Além disso, essas tecnologias permitem a otimização das rotas das equipes de poda, que são monitoradas por sistemas de posicionamento como GPS ou outros serviços GNSS. O resultado é a melhora a eficiência das operações e a redução nos custos operacionais, uma vez que podas desnecessárias são evitadas, liberando recursos para áreas de maior risco. Sincronização precisa como base da segurança energética No setor elétrico, a sincronização precisa dos sistemas de proteção é um fator crítico para a segurança e a eficiência da distribuição de energia. Os sistemas elétricos modernos dependem fortemente de dispositivos eletrônicos inteligentes (IEDs) que precisam operar de maneira síncrona para garantir a estabilidade e a proteção de toda a rede. Essa sincronização é obtida por meio de receptores de satélite , como os do Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS), que incluem constelações como GPS, Beidou, Glonass e Galileo. Os satélites fornecem informações temporais com precisão milimétrica , o que é essencial para que os IEDs funcionem de forma coordenada em toda a infraestrutura elétrica. A falta de sincronização adequada pode levar a falhas em cascata, resultando em apagões ou danos a equipamentos críticos. Além disso, a integração dessas tecnologias espaciais no setor elétrico está alinhada com as metas globais de desenvolvimento sustentável . A redução dos custos de lançamento de satélites, juntamente com os avanços em sensores de alta resolução, está tornando essas soluções mais acessíveis e eficazes. Medição Fasorial Sincronizada Baseada em dados precisos fornecidos por satélites GNSS, a MFS (Medição Fasorial Sincronizada) permite a mensuração em tempo real das formas de onda de tensões e correntes elétricas , além de suas respectivas relações de fase. Feitas com uma precisão milimétrica, elas permitem uma resposta rápida e eficaz a quaisquer anomalias na rede. Os equipamentos responsáveis por essas medições, conhecidos como Phasor Measurement Units (PMUs), capturam dados a cada milissegundo , oferecendo uma visão detalhada do comportamento da rede elétrica. Com essas informações, é possível ajustar o sistema em tempo real, evitando falhas que poderiam causar interrupções de energia em larga escala. Dois setores da economia com uma relação íntima Como vimos, a integração das tecnologias aeroespaciais no setor elétrico já é um fato e elas estão presentes nas empresas de energia. Essa é uma demonstração de como a colaboração entre diferentes indústrias pode resultar em inovações que transformam a maneira como geramos, transmitimos e distribuímos energia. Tecnologias como a sincronização precisa dos sistemas de proteção até o monitoramento avançado da vegetação e a medição fasorial sincronizada deixaram de ser projeções para o futuro para tornarem-se realidades que estão moldando um futuro mais seguro e eficiente para a energia elétrica. 
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Quando vale terceirizar o comissionamento? Os 4 sinais de que seu processo precisa de reforço técnico O comissionamento é a etapa final antes da energização de sistemas elétricos, quando todos os equipamentos e interfaces são testados e validados para operar com segurança. Um único erro nessa fase pode gerar retrabalhos, atrasos e impactos significativos no orçamento do projeto. Contar com a expertise certa no momento adequado faz toda a diferença para cumprir prazos rigorosos e manter os padrões de qualidade.  1. Cronograma apertado e volume de projetos Em cenários de múltiplos empreendimentos simultâneos, a equipe interna pode ficar sobrecarregada pelos prazos cada vez mais restritos. Expansões de subestações, conexão de novas usinas renováveis e projetos de modernização podem se acumular, tornando inviável atender a todos os comissionamentos no prazo desejado apenas com a equipe interna. Cada dia de atraso na energização de uma subestação ou linha nova representa custos extras e até risco de multas. Trazer um time de especialistas para cuidar da etapa de comissionamento traz benefícios como processos bem definidos e mão de obra experiente, comprovada e disponível para conseguir cumprir prazos desafiadores. Parceiros especializados conseguem mobilizar equipes extras com agilidade, sem comprometer a qualidade dos testes, aliviando os gargalos operacionais do time interno. Assim, mesmo com o volume de projetos em alta, o cronograma original de cada obra tende a ser mantido. 2. Falta de especialistas em alta tensão, automação ou proteção Com a aposentadoria de profissionais seniores, as concessionárias perdem conhecimento valioso acumulado ao longo de décadas. Substituir esses talentos exige processos de recrutamento e treinamento que podem levar meses, devido à especificidade das atividades, equipamentos e sistemas legados, o que afeta a agilidade nos testes. Além disso, o processo de admissão e desligamento envolve uma série de custos administrativos: seleção, exames, encargos trabalhistas e rescisões. Cada contratação torna-se um investimento de médio prazo, nem sempre compatível com a urgência ou a duração pontual de um projeto. Terceirizar o comissionamento possibilita acesso imediato a engenheiros e técnicos especializados. Parceiros dedicados mantêm equipes com atualização contínua e know-how construído em múltiplos projetos. Dessa forma, a expertise necessária permanece disponível sem a necessidade de criar novas vagas internas, permanentes ou temporárias. Assim, a empresa garante a continuidade das operações mesmo com a renovação natural do seu quadro interno. 3. Projetos complexos exigem articulação entre múltiplos fornecedores Grandes empreendimentos elétricos envolvem uma diversidade de fabricantes e sistemas: relés de proteção de diferentes marcas, controladores lógicos programáveis, equipamentos de medição, sistemas de supervisão e controle (SCADA), entre outros. Integrar todos esses componentes é um desafio constante. Pequenas incompatibilidades de protocolo, diferenças de configuração ou falta de padronização podem gerar falhas de interface difíceis de diagnosticar, resultando em atrasos e retrabalho. Ajustes de comunicação e coordenação demandam tempo e conhecimento especializado, algo que equipes terceirizadas já enfrentam, podendo, inclusive, antecipar problemas de integração. Nesse caso, os testes integrados validam a interoperabilidade de todo o conjunto antes da energização. Ou seja, ao atuar de forma neutra entre as partes, parceiros terceirizados podem agilizar a solução de qualquer incompatibilidade técnica. 4. Planejamento trava o andamento do projeto A elaboração de cronogramas detalhados e de Programas de Atuação (PA) é crucial para obter as liberações necessárias para atuar no sistema e manter o fluxo contínuo das atividades. Documentos de planejamento incompletos ou inconsistentes logo viram um gargalo. (ONS não avalia PA). Replanejamentos de última hora são desgastantes e podem implicar custos adicionais, além de prejudicar o relacionamento com fornecedores. Ao contar com parceiros especializados em comissionamento, esse risco diminui drasticamente. Empresas de engenharia focadas em outsourcing usam metodologias ágeis de gestão e modelos de planos de teste padronizados, baseados em lições aprendidas na relação com diversos agentes, geralmente em anos (ou décadas) de experiência. Etapas bem mapeadas e documentação consistente desde o início evitam idas e vindas e previnem revisões de última hora que parariam o projeto. Por que terceirizar o comissionamento faz sentido Terceirizar o comissionamento não significa perder o controle – mas, sim, ampliar a capacidade de execução com qualidade, segurança e responsabilidade. Os quatro pontos acima servem como sinais de alerta: quando o volume de projetos explode, faltam especialistas internos, a complexidade de integração é alta ou o planejamento começa a patinar, vale considerar reforço externo. Empresas em todo o mercado já adotam essa estratégia. Segundo a Confederação Nacional da Indústria, 80% das empresas brasileiras terceirizam algum setor e destinam 18,6% de seus orçamentos a serviços terceirizados. Em vez de sobrecarregar a equipe própria ou correr riscos desnecessários, recorrer a um parceiro de comissionamento confiável, traz a possibilidade de cumprir os prazos com os padrões de qualidade mantidos. Se você reconheceu algum desses desafios, conheça as soluções de comissionamento da Concert Engenharia e fortaleça a performance da sua equipe. 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No mundo em rápida evolução da tecnologia, a Inteligência Artificial Generativa (IAG) está se tornando um fator chave na transformação do setor de energia. A Distributech 2024, o maior evento global de tecnologia para o setor energético, destacou as vastas possibilidades de aplicação da IAG para enfrentar desafios cruciais como a Transição Energética, as mudanças climáticas e a necessidade de aumentar a qualidade e resiliência dos sistemas elétricos de potência. Segundo um relatório da Technavio , o mercado de IA no setor energético está projetado para crescer em US$ 6,78 bilhões de 2020 a 2025, o que refelete uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 34,19%. Dados como esses evidenciam o potencial da IA generativa para transformar a indústria de energia. Veja como isso pode acontecer no artigo! O que é inteligência artificial generativa? O termo inteligência artificial generativa refere-se a uma classe de modelos e algoritmos projetados para gerar novos dados ou conteúdos com base nos dados os quais foram treinados. Diferente de outras formas de IA, que se concentram em classificar ou analisar dados existentes, a generativa utiliza modelos de aprendizado de máquina, especialmente redes neurais profundas, para gerar conteúdos únicos. Um dos mecanismos mais comuns usados nessa tecnologia são as Redes Adversariais Generativas (GANs), que consistem em duas partes: um gerador e um discriminador. O gerador cria novos dados, enquanto o discriminador tenta distinguir entre dados reais e gerados, fazendo com que o gerador aprenda a criar amostras de dados cada vez mais realistas. Dito isso, a IA generativa pode ser aplicada em diversas áreas, incluindo: · Criação de imagens realistas a partir de descrições textuais ou de outras imagens. · Produção de textos, artigos, histórias, e até mesmo códigos de programação. · Composição de novas peças musicais ou criação de vozes artificiais que soam naturais. · Produção de vídeos que podem simular cenários reais ou fictícios. Usos da inteligência artificial generativa no setor elétrico Sistemas de IA generativa têm a capacidade de criar conteúdos novos e originais, um feito que antes era reservado exclusivamente à criatividade humana. Por isso, podem ser aplicados nos mais diversos mercados, incluindo o setor elétrico. Veja! Previsão de energia Modelos generativos de IA podem aprimorar a previsão de demanda e fornecimento de energia ao analisar dados históricos, padrões climáticos, tendências de mercado e outros fatores relevantes. Isso permite que as empresas de energia otimizem suas operações, planejem melhor para períodos de pico de demanda e reduzam custos operacionais. Otimização de redes inteligentes Ao prever demandas de eletricidade e gerenciar o congestionamento da rede, esses modelos podem equilibrar a oferta e demanda de energia em tempo real. Isso resulta em uma maior estabilidade da rede, redução do desperdício de energia e uma integração mais eficaz de fontes de energia renovável. Além disso, nos centros de controle, copilotos de IA podem auxiliar despachantes a realizar manobras necessárias, e até mesmo automatizar algumas dessas manobras para uma operação mais eficiente. Gerenciamento de Ativos Modelos generativos de IA podem ser utilizados para prever falhas de equipamentos e necessidades de manutenção em infraestruturas energéticas, como usinas de energia, parques eólicos e linhas de transmissão. Por meio da análise desses dados históricos de desempenho e leituras de sensores, é possível programar manutenções, o que evita paralisações em momentos inapropriados. Projeto de sistema de energia Os modelos de IA generativa são capazes de simular diferentes cenários de projeto e otimizar os parâmetros do sistema. Dessa forma, ela auxilia engenheiros e planejadores a desenvolverem soluções inovadoras que atendam às necessidades energéticas, enquanto minimizam o impacto ambiental. Isso é especialmente útil para microrredes, soluções de armazenamento de energia, projetos de energia renovável, entre outros sistemas de energia. Otimização da eficiência energética Analisando dados de sensores IoT e contadores inteligentes, a IA generativa identifica oportunidades de economia de energia e recomenda medidas de eficiência. Além de reduzir os custos de energia para os consumidores, esse fator também contribui para a sustentabilidade ambiental, podendo ser aplicada em edifícios, processos industriais e sistemas de transporte. O Futuro da IA Generativa no Setor Energético Tendo em vista tudo o que discutimos, pode-se dizer que a IA generativa tem potencial para transformar o setor energético . Por meio dela, empresas podem tomar decisões com base em dados sólidos, melhorar a eficiência operacional e acelerar a transição para um sistema energético mais sustentável e resiliente. Além disso, a Distributech também destacou os Large Language Models (LLMs), projetados para entender e gerar linguagem humana. Um exemplo bem conhecido é o ChatGPT, que foi utilizado em um caso interessante no serviço de atendimento ao cliente. O LLM analisou gravações do SAC para classificar por assunto e sentimento do cliente, identificando problemas mais impactantes e ajudando a elaborar um plano de ação. Ou seja, o céu é o limite! Cabe a nós, humanos, definir quais Business Cases entregam mais valor e aplicar a tecnologia para implementá-los, contribuindo para um mundo melhor. Garanta a eficiência e inovação no setor elétrico com a Concert Em busca de apoio para sua obra? Na Concert, você encontra uma equipe de profissionais altamente qualificados em Sistemas de Proteção, Controle e Supervisão (SPCS), comissionamento , fiscalização, mão de obra especializada e muito mais. Nossos especialistas atuam junto às maiores concessionárias de energia do Brasil, trazendo a expertise necessária para assegurar a agilidade e segurança na execução de projetos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Descubra mais sobre a nossa atuação. Fale com um especialista !
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