Como a tecnologia pode ajudar a combater o desmatamento na Amazônia

Concert Technologies • 28 de maio de 2025

Como a tecnologia pode ajudar a combater o desmatamento na Amazônia 

A Amazônia, maior floresta tropical do mundo, enfrenta problemas graves relacionados ao desmatamento. Dados mostram que, entre agosto de 2022 e julho de 2023, aproximadamente 9.064 km² de floresta foram desmatados, uma área comparável ao tamanho da República de Chipre. 


Embora esse número represente uma redução de 21,8% em relação ao período anterior, ainda é uma perda substancial para um dos ecossistemas mais biodiversos do planeta. No entanto, proteger uma área tão vasta, maior que diversos países, apresenta desafios logísticos e operacionais consideráveis. 


Nesse contexto, a integração de tecnologias avançadas, como sensoriamento remoto e inteligência artificial, podem ser soluções para ajudar no controle do desflorestamento. 


Descubra como essas soluções inovadoras podem ser aliadas para a preservação da floresta amazônica! 


O desafio de monitorar o desmatamento na Amazônia 


Monitorar a Amazônia é um desafio de proporções colossais. Com cerca de 5,5 milhões de km², a maior floresta tropical do mundo atravessa nove países e representa mais de 49% do território brasileiro. 


Para dimensionar essa tarefa, é como fiscalizar uma área cerca de quatro vezes maior que toda a Europa Ocidental, repleta de rios sinuosos, vegetação densa e regiões inacessíveis por terra. Essas características, que fazem da Amazônia um dos biomas mais ricos do planeta, também tornam seu monitoramento extremamente complexo. 


Os desafios não se limitam à geografia. Frequentemente, a Amazônia é alvo de atividades ilegais, como o desmatamento para expansão de pastagens, mineração clandestina e extração de madeira. A dificuldade em identificar e localizar essas ações é agravada pela escassez de infraestrutura na região. Em muitas áreas, a comunicação é feita exclusivamente por rádio, o que dificulta a fiscalização e a coordenação de ações de combate. 


Além disso, há um componente logístico importante. É comum que os agentes que atuam no monitoramento enfrentem barreiras como falta de acesso a tecnologias avançadas e de recursos humanos, resultando em lacunas no controle ambiental. 


Superar esses obstáculos não é uma tarefa simples. Porém, a integração de soluções tecnológicas avançadas, como sensoriamento remoto e inteligência artificial, com estratégias de gestão eficazes, é uma das principais estratégias para proteger a floresta amazônica. 


Como a tecnologia pode apoiar o combate ao desmatamento 


A tecnologia é uma aliada indispensável na proteção da Amazônia, principalmente por oferecer ferramentas que tornam o monitoramento mais preciso, considerando as dificuldades que citamos. 


Nesse sentido, diferentes inovações têm sido utilizadas para proteger a Amazônia, cada uma com sua contribuição única: 


1. Sensoriamento remoto 


Satélites modernos equipados com sensores de alta resolução conseguem capturar imagens detalhadas da floresta, monitorando grandes áreas de forma contínua e independente de acesso terrestre. Essas imagens podem detectar variações na cobertura vegetal, como clareiras indicativas de desmatamento seletivo ou a expansão de áreas de pastagem, em tempo quase real. 


2. Inteligência artificial 


Complementando o primeiro ponto, a IA analisa os dados e imagens capturados por satélites de maneira eficiente, processando volumes massivos de informações em curto prazo. Assim, algoritmos de aprendizado de máquina conseguem identificar padrões de desmatamento e classificar atividades ilegais, como garimpo, queimadas e extração seletiva de madeira, com alta precisão. 


O papel do New Space na democratização do monitoramento 


Com uma abordagem mais acessível e orientada à inovação, o New Space, movimento que promove a participação de empresas privadas no setor espacial, tem mudado o acesso e o uso de tecnologias espaciais.   


Uma das principais contribuições do New Space é a redução de custos operacionais. Empresas privadas têm desenvolvido satélites menores e mais baratos, mantendo a eficiência, tornando viável a utilização de imagens de alta resolução por organizações ambientais e governos. Assim, a tecnologia pode ser usada para monitorar áreas florestais cada vez maiores e de forma contínua e abrangente. 


A combinação de imagens de satélite com IA ajuda a identificar padrões de desmatamento e distinguir entre diferentes tipos de atividades, como abertura de pastos ou mineração. Isso melhora a eficiência do monitoramento e permite uma resposta mais direcionada e eficaz. 


Outra grande vantagem do New Space é o aumento da frequência de atualização das informações.  Com satélites operando em constelação, uma cobertura mais ampla e frequente de imagens quase em tempo real é fornecida, identificando atividades ilegais como o desmatamento e o garimpo rapidamente.  Isso é crucial para a detecção precoce do desmatamento e para a implementação de medidas de conservação antes que o dano se torne irreversível. 


Além disso, o setor promove a inovação constante com o uso de tecnologias avançadas, como sensores mais precisos e sistemas de comunicação que conectam áreas remotas, tornando-se uma área estratégica na geração de soluções disruptivas. 


Estudo de caso: SIVAM 


O Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) foi um marco no monitoramento ambiental e na proteção da floresta amazônica, entrando em operação em 2002. O projeto utilizou tecnologias avançadas para identificar atividades ilegais, como desmatamento e garimpo, combinando dados textuais e digitais em tempo real. 


Nossa participação foi fundamental no desenvolvimento do sistema, contribuindo com dois módulos críticos. 


Um deles garantia a disponibilidade da infraestrutura tecnológica essencial ao funcionamento do SIVAM, enquanto o outro, denominado COMEX (Communication and Non-communication Exploitation), rastreava e mapeava emissões ilegais de rádio. Essa funcionalidade permitia identificar frequências não autorizadas e direcionar rapidamente as forças de fiscalização para os locais suspeitos. 


 


Antes do SIVAM, cerca de 30% da Amazônia permanecia sem mapeamento. Após sua implementação, o sistema possibilitou monitoramento contínuo e integrado, aumentando a eficácia na identificação de invasões e fortalecendo a atuação das forças de fiscalização. 


Além disso, o projeto deixou um legado significativo, não apenas para a proteção ambiental, mas também para o desenvolvimento de sistemas tecnológicos críticos no Brasil, área em que acumulamos experiência a partir desse marco. 


Conclusão 


Concluindo, a integração da tecnologia no combate ao desmatamento é uma necessidade para proteger a nossa Amazônia, uma das maiores riquezas naturais do planeta. Ferramentas como sensoriamento remoto e inteligência artificial e iniciativas como o New Space têm grande potencial para monitorar grandes áreas, identificar atividades ilegais e apoiar ações de preservação. 


No entanto, o sucesso dessas iniciativas depende de esforços conjuntos, combinando inovação tecnológica, políticas públicas e engajamento global para garantir que a floresta seja protegida para as futuras gerações. 


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Isso permite que as empresas de energia otimizem suas operações, planejem melhor para períodos de pico de demanda e reduzam custos operacionais. Otimização de redes inteligentes Ao prever demandas de eletricidade e gerenciar o congestionamento da rede, esses modelos podem equilibrar a oferta e demanda de energia em tempo real. Isso resulta em uma maior estabilidade da rede, redução do desperdício de energia e uma integração mais eficaz de fontes de energia renovável. Além disso, nos centros de controle, copilotos de IA podem auxiliar despachantes a realizar manobras necessárias, e até mesmo automatizar algumas dessas manobras para uma operação mais eficiente. Gerenciamento de Ativos Modelos generativos de IA podem ser utilizados para prever falhas de equipamentos e necessidades de manutenção em infraestruturas energéticas, como usinas de energia, parques eólicos e linhas de transmissão. Por meio da análise desses dados históricos de desempenho e leituras de sensores, é possível programar manutenções, o que evita paralisações em momentos inapropriados. Projeto de sistema de energia Os modelos de IA generativa são capazes de simular diferentes cenários de projeto e otimizar os parâmetros do sistema. Dessa forma, ela auxilia engenheiros e planejadores a desenvolverem soluções inovadoras que atendam às necessidades energéticas, enquanto minimizam o impacto ambiental. Isso é especialmente útil para microrredes, soluções de armazenamento de energia, projetos de energia renovável, entre outros sistemas de energia. Otimização da eficiência energética Analisando dados de sensores IoT e contadores inteligentes, a IA generativa identifica oportunidades de economia de energia e recomenda medidas de eficiência. 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Esses sistemas foram especialmente desenvolvidos para modernizar e agilizar processos, com capacidade de integrar dados de múltiplas fontes de maneira coesa e acessível. O xOMNI Intelligent Assistant da Concert Lab mudou o paradigma de monitoramento de alarmes para a orientação de tarefas nas concessionárias elétricas. Utilizando inteligência artificial, nosso assistente higieniza e integra dados de forma eficiente, proporcionando uma visão clara e atualizada da situação operacional em tempo real e orientando as equipes para ações mais precisas. veja como o xOMNI IA pode tornar as operações mais eficientes e seguras: Interface centrada no usuário: elaborada especificamente para atender às necessidades operacionais, garantindo uma experiência intuitiva. Metodologia de indústrias críticas: emprega práticas comprovadas em setores de alta exigência, como defesa e aviação, para assegurar confiabilidade e precisão. Higienização de dados com inteligência artificial: analisa e purifica dados do campo, permitindo a detecção precoce de problemas. Registro automatizado de ocorrências: aumenta a consciência situacional e reduz significativamente o tempo de restabelecimento do sistema após falhas. Como funciona o xOMNI IA? O xOMNI IA baseia-se em um barramento de dados, onde os diversos sistemas que compõem o ecossistema do centro de operação publicam os dados que lhes são inerentes . Os microsserviços e módulos de IA desenvolvidos pelo xOMNI IA realizam uma análise eficiente das informações disponibilizadas, permitindo identificar a causa raiz de faltas, validar a atuação das proteções e realizar a previsão de medições e de faltas. Além disso, o sistema organiza e permite acompanhar todos os dados relevantes associados, como a correlação com eventos meteorológicos e de queimadas, documentações de instruções de operação, diagramas de operação e análises de contingência de linhas. A informação trabalhada é então disponibilizada em uma interface de usuário intuitiva . Isso permite que o operador se concentre apenas na execução das ações preventivas ou de restabelecimento, evitando que a falta ocorra ou se amplie. Entenda o xOMINI IA na prática Imagine que, em um dia de tempestades, um operador de uma concessionária elétrica enfrenta múltiplas falhas em diferentes partes da rede. Com o xOMNI IA, ele consegue visualizar instantaneamente uma análise detalhada da situação , identificando as áreas mais afetadas e os equipamentos que falharam. Graças à higienização de dados e ao diagnóstico proativo do sistema , o operador pode identificar a causa raiz rapidamente, oferecendo-o o conhecimento necessário para a implementação de uma ação rápida para redistribuir a carga e restabelecer o serviço. Geralmente, o processo é feito com poucos cliques, antes que a maioria dos clientes perceba uma interrupção significativa . Dessa forma, nossa ferramenta pode ser uma grande aliada para a melhoria na confiabilidade do fornecimento de energia em situações críticas. Na Concert Lab, compreendemos os desafios enfrentados por operadores em tempo real do setor elétrico , por isso oferecemos soluções que tornem as operações cada dia mais seguras e eficazes . Desenvolvemos o xOMNI IA, uma ferramenta projetada para aprimorar a consciência situacional e agilizar decisões críticas para otimizar a gestão operacional e torná-la mais responsiva. Quer elevar o nível da sua operação elétrica com o xOMNI IA? Converse com nossos especialistas e conheça essa tecnologia inovadora em detalhes!
Por Concert Technologies 10 de janeiro de 2025
Quando se fala de aceitação e controle de qualidade, a amostragem é uma prática comum e amplamente utilizada para verificar a conformidade de equipamentos e sistemas. Testes como TAF (Teste de Aceitação em Fábrica) e TAC (Teste de Aceitação em Campo) foram desenvolvidos para garantir que os produtos atendam aos padrões estabelecidos antes de serem entregues ao mercado ou colocados em operação. Contudo, enquanto a amostragem oferece uma visão rápida do estado geral, ela pode não capturar a totalidade dos riscos e variáveis envolvidas. Assim surge a necessidade de um segundo parecer técnico, com uma abordagem mais abrangente: a fiscalização, focada nos detalhes que os testes TAF não englobam. Para descobrir qual a importância de uma fiscalização especializada que vai além dos testes por amostragem, e porque você precisa dessa etapa na sua operação, continue lendo esse artigo! Para que servem os testes TAF e TAC? Em mercados que dependem de equipamentos robustos e com alta confiabilidade, como o setor elétrico, uma pequena falha pode resultar em grandes prejuízos . Portanto, é primordial assegurar que esses dispositivos funcionem conforme o esperado, tanto durante a fabricação quanto após a instalação no campo. Para isso, são utilizados dois procedimentos chave: o Teste de Aceitação de Fábrica (TAF) e o Teste de Aceitação de Campo (TAC) . Cada um desses testes possui um papel específico no ciclo de vida dos equipamentos, como vemos abaixo: TAF (Teste de Aceitação de Fábrica) : Testa o equipamento ainda na fábrica para garantir que ele esteja dentro das especificações técnicas e de segurança antes do envio. TAC (Teste de Aceitação de Campo) : Realizado já no local de operação, verifica se o equipamento funciona corretamente nas condições reais de uso.  Ambos têm como principal objetivo assegurar que o equipamento atenda a todos os padrões de qualidade e segurança estabelecidos . O TAF serve para identificar e corrigir falhas antes que o equipamento deixe a fábrica, enquanto o TAC garante que, uma vez instalado, o equipamento continue operando de maneira eficiente em um ambiente real, muitas vezes mais complexo do que o ambiente controlado da fábrica.
Por Concert Technologies 18 de dezembro de 2024
A tecnologia de transmissão de sinais via fibra óptica é uma alternativa aos tradicionais – e caros – fios de cobre, ainda muito comuns em instalações elétricas. Essa tecnologia, chamada de “Barramento de Processo”, pode gerar uma economia de até 50% na implantação de novos projetos. O uso dessa tecnologia tem se confirmado como uma forte tendência no setor elétrico, uma vez que ela impacta diretamente na redução de custos, principalmente com materiais e serviços. Além de ser uma solução sustentável, alinhada com as boas práticas de ESG (Environmental, Social and Governance). Quer saber mais sobre os benefícios do uso de fibra óptica no setor elétrico? É só continuar lendo! O que é o barramento de processo? O Barramento de Processo é uma tecnologia que utiliza fibra óptica para digitalizar medições analógicas de equipamentos primários, como transformadores de corrente e tensão. A transmissão dos sinais via fibra óptica é realizada através de uma estrutura chamada Merging Unit. Esse dispositivo faz a interface entre os processos eletrônicos, conectando diversos periféricos através de um barramento (caminho onde os dados trafegam) em comum no hardware. O processo funciona da seguinte forma: a Merging Unit é posicionada próxima ao transformador de instrumento, que registra os valores medidos, os digitaliza e os envia para dispositivos de proteção via um fluxo de dados de valores medidos amostrados amostras de valores medidos (SMV) através de um switch Ethernet de fibra óptica. Dessa forma, é possível automatizar a transmissão dos dados medidos nas subestações para dispositivos eletrônicos inteligentes de supervisão, proteção e controle, utilizando protocolos de comunicação modernos. E para facilitar a operação, os dados ficam concentrados em nuvem. 3 benefícios da fibra óptica para a implantação de subestações de energia A utilização da fibra óptica em subestações de energia oferece inúmeras vantagens em comparação com os convencionais fios de cobre. Confira três dos principais benefícios: Economia de custos: a substituição dos fios de cobre resulta em uma redução considerável de custos com materiais e serviços, além de acelerar o processo de instalação, gerando economia tanto financeira quanto temporal. Maior segurança: o uso de fibra óptica elimina o compartilhamento elétrico do circuito de corrente até o painel de proteção, reduzindo o risco de acidentes e desligamentos acidentais provocados por impactos ou vibrações em painéis. Redução de falhas e tempo de montagem: com um número reduzido de conexões elétricas, a fibra óptica diminui a probabilidade de falhas e o tempo necessário para montagem, o que torna o sistema mais eficiente. O uso da fibra óptica em um projeto da subestação Macaé 2 Um exemplo prático do uso dessa solução é o projeto de modernização da subestação Macaé 2 (Furnas), no Rio de Janeiro. Nós da Concert Technologies estamos implantando quatro novos painéis de Merging Unit próximos aos equipamentos de pátio e 12 novos painéis de proteção e controle na sala de controle. A conexão entre esses painéis é feita por 24 fibras ópticas, que fazem uso de recursos já existentes como canaletas e caixas de passagens. Tradicionalmente, os transformadores de instrumentos seriam conectados diretamente aos dispositivos de proteção usando linhas de cobre paralelas. Embora essa abordagem seja eficiente, ela exige um grande esforço de fiação, tem limitações físicas e apresenta o risco de circuitos abertos. O Barramento de Processo, por sua vez, utiliza unidades de fusão como interfaces interoperáveis entre equipamentos de diferentes fornecedores. Assim, os relés de proteção podem usar os dados digitais dos valores medidos amostrados amostras de valores medidos, permitindo que a concessionária de energia tenha um controle mais eficiente de seus ativos. Considerações finais A adoção do Barramento de Processo com tecnologia de fibra óptica nas subestações marca uma evolução significativa no setor elétrico. A digitalização traz uma série de benefícios, desde a redução de custos e aumento da segurança até a melhoria da eficiência operacional. "(...) Com isso (Barramento de Processo), podemos dizer que as subestações digitais já são uma realidade e contribuem para um setor mais seguro e confiável”, afirma Junio Firmino, gerente de Engenharia da Concert Technologies. Fale com o time de especialistas na Concert Engenharia e descubra como podemos modernizar suas subestações de energia com soluções digitais inovadoras!
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