Plataforma inercial: entenda a importância da navegação autônoma em missões espaciais

Concert Technologies • 30 de abril de 2025

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O setor aeroespacial tem vivenciado um crescimento significativo nos últimos anos, especialmente no que se refere ao número de lançamentos de foguetes. Em 2024, foi estabelecido um novo recorde com 259 lançamentos orbitais, representando um aumento de 17% em relação aos 221 registrados em 2023.


Este crescimento contínuo ressalta a importância de tecnologias que garantam a precisão e a segurança das operações aeroespaciais. Entre essas tecnologias, as plataformas inerciais desempenham um papel crucial, assegurando a navegação precisa de veículos em ambientes onde sinais externos, como o GPS, podem ser inacessíveis ou sujeitos a interferências.


Quer entender melhor como essa tecnologia garante que missões espaciais sejam bem-sucedidas? Continue lendo e descubra!


O que são e como funcionam as plataformas inerciais?


As plataformas inerciais, ou sistemas de navegação inercial (INS), são dispositivos que determinam a posição, velocidade e orientação de um veículo sem a necessidade de referências externas. Elas utilizam sensores como acelerômetros e giroscópios para medir continuamente as acelerações lineares e rotações angulares do veículo. Essas medições são processadas por um computador de navegação, permitindo o cálculo preciso da trajetória e da orientação do veículo em relação a um ponto de partida conhecido.


Por exemplo, em um lançamento de foguete, durante a subida, os sensores inerciais monitoram qualquer variação inesperada na trajetória e fornecem dados contínuos para os sistemas de controle do veículo. Se um foguete sofre uma ligeira perturbação causada por ventos de alta altitude, a plataforma inercial permite ajustes automáticos para manter a trajetória planejada. Sem essa tecnologia, a navegação dependeria exclusivamente de sinais externos, como o GPS, que podem sofrer interferências ou não estar disponíveis em todas as fases do voo.


Além de ser usada estabilizar e controlar satélites e veículos de exploração planetária no setor espacial, essa tecnologia pode ser aplicada em diversos contextos:
 
 

·      Para guiar aeronaves comerciais e militares com segurança em qualquer condição de voo no setor aeronáutico.

·      Para garantir a precisão no guiamento de mísseis e torpedos em operações estratégicas na defesa e segurança.

·      Para permitir a navegação segura de submarinos em grandes profundidades, onde sinais GPS não alcançam, na indústria naval.

·      Para orientar veículos autônomos e drones em ambientes urbanos e rurais sem depender exclusivamente de GPS.

·      Para estabilizar plataformas offshore e monitorar equipamentos críticos na exploração de petróleo e gás.

·      Para detectar deslocamentos estruturais em grandes obras de engenharia civil, como pontes e edifícios.


Benefícios das plataformas inerciais


Em missões críticas, onde falhas podem comprometer objetivos estratégicos e representar grandes perdas financeiras, a capacidade de navegação autônoma se torna indispensável. A lista completa de benefícios da tecnologia inclui:


·      Autonomia: operam sem dependência de sinais externos, como GPS ou referências terrestres, para garantir a continuidade da navegação mesmo em ambientes onde esses sinais são indisponíveis ou suscetíveis a interferências.


·      Imunidade a interferências: por não dependerem de sinais externos, as plataformas inerciais são menos vulneráveis a bloqueios ou interferências deliberadas, essencial para aplicações militares, por exemplo.


·      Precisão e confiabilidade: a medição contínua de acelerações e rotações possibilita um controle preciso da trajetória e da orientação do veículo, um fator crítico para lançadores de satélites e veículos espaciais.


·      Operação em ambientes adversos: são projetadas para funcionar em condições extremas, como altas acelerações, vibrações intensas e grandes variações de temperatura, o que as torna ideais para aplicações aeroespaciais e militares.

A falta de um sistema inercial pode afetar operações críticas, causando:

·      Perda de precisão na navegação, que podem resultar em desvios na trajetória do veículo, dificultando a correção do curso e comprometendo o sucesso da missão.


·      Vulnerabilidade a interferências, uma vez que sistemas que dependem exclusivamente de sinais de satélite estão sujeitos a interferências, bloqueios e falhas técnicas. Em algumas situações, isso pode ocasionar a perda de comunicação com o veículo.

·      Em lançamentos de satélites ou sondas espaciais, qualquer desvio na navegação pode significar a falha da missão, pois significa impacto no posicionamento correto da carga útil em órbita.


·      Sem uma plataforma inercial, a análise pós-missão torna-se mais complexa, dificultando a identificação de erros que serviria como base para o aperfeiçoamento de futuras operações.



Sistema de Navegação Inercial na prática: SNI-GNSS

 

O Sistema de Navegação Inercial/GNSS (SNI-GNSS) foi desenvolvido pelo Consórcio DJED, formado pelas empresas Horuseye, Concert Space e Cron, sob encomenda da Agência Espacial Brasileira (AEB). Trata-se de um sistema híbrido que combina sensores inerciais com um receptor GNSS espacial para assegurar alta precisão na navegação de veículos lançadores.

Desenvolvido para lançadores de pequeno porte e foguetes de sondagem, o SNI-GNSS tem a função de calcular com precisão a velocidade, altitude e posição do veículo durante o voo. Com isso, garante a trajetória correta e aumenta a confiabilidade na liberação de satélites em órbita.


Seu desenvolvimento seguiu uma abordagem alinhada à tendência global de substituir sensores inerciais de alto custo por soluções híbridas que combinam sensores de média precisão com GNSS.

O processo incluiu testes extensivos de calibração em laboratório e integração com simulações dinâmicas de veículos espaciais e simuladores de sinais GNSS, uma fase fundamental para garantir a confiabilidade do sistema antes de sua aplicação em um ambiente operacional real.


Agora, em 2025, o sistema será testado em um voo real a bordo do foguete Hanbit-TLV, da Innospace, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). A partir desses ensaios, será possível validar a tecnologia em condições reais de operação, obter dados críticos para futuras melhorias. E assim, reforçamos a capacidade do Brasil no domínio da navegação inercial aplicada ao setor espacial.


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Blog Concert Technologies

Por Concert Technologies 30 de abril de 2025
No mundo em rápida evolução da tecnologia, a Inteligência Artificial Generativa (IAG) está se tornando um fator chave na transformação do setor de energia. A Distributech 2024, o maior evento global de tecnologia para o setor energético, destacou as vastas possibilidades de aplicação da IAG para enfrentar desafios cruciais como a Transição Energética, as mudanças climáticas e a necessidade de aumentar a qualidade e resiliência dos sistemas elétricos de potência. Segundo um relatório da Technavio , o mercado de IA no setor energético está projetado para crescer em US$ 6,78 bilhões de 2020 a 2025, o que refelete uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 34,19%. Dados como esses evidenciam o potencial da IA generativa para transformar a indústria de energia. Veja como isso pode acontecer no artigo! O que é inteligência artificial generativa? O termo inteligência artificial generativa refere-se a uma classe de modelos e algoritmos projetados para gerar novos dados ou conteúdos com base nos dados os quais foram treinados. Diferente de outras formas de IA, que se concentram em classificar ou analisar dados existentes, a generativa utiliza modelos de aprendizado de máquina, especialmente redes neurais profundas, para gerar conteúdos únicos. Um dos mecanismos mais comuns usados nessa tecnologia são as Redes Adversariais Generativas (GANs), que consistem em duas partes: um gerador e um discriminador. O gerador cria novos dados, enquanto o discriminador tenta distinguir entre dados reais e gerados, fazendo com que o gerador aprenda a criar amostras de dados cada vez mais realistas. Dito isso, a IA generativa pode ser aplicada em diversas áreas, incluindo: · Criação de imagens realistas a partir de descrições textuais ou de outras imagens. · Produção de textos, artigos, histórias, e até mesmo códigos de programação. · Composição de novas peças musicais ou criação de vozes artificiais que soam naturais. · Produção de vídeos que podem simular cenários reais ou fictícios. Usos da inteligência artificial generativa no setor elétrico Sistemas de IA generativa têm a capacidade de criar conteúdos novos e originais, um feito que antes era reservado exclusivamente à criatividade humana. Por isso, podem ser aplicados nos mais diversos mercados, incluindo o setor elétrico. Veja! Previsão de energia Modelos generativos de IA podem aprimorar a previsão de demanda e fornecimento de energia ao analisar dados históricos, padrões climáticos, tendências de mercado e outros fatores relevantes. Isso permite que as empresas de energia otimizem suas operações, planejem melhor para períodos de pico de demanda e reduzam custos operacionais. Otimização de redes inteligentes Ao prever demandas de eletricidade e gerenciar o congestionamento da rede, esses modelos podem equilibrar a oferta e demanda de energia em tempo real. Isso resulta em uma maior estabilidade da rede, redução do desperdício de energia e uma integração mais eficaz de fontes de energia renovável. Além disso, nos centros de controle, copilotos de IA podem auxiliar despachantes a realizar manobras necessárias, e até mesmo automatizar algumas dessas manobras para uma operação mais eficiente. Gerenciamento de Ativos Modelos generativos de IA podem ser utilizados para prever falhas de equipamentos e necessidades de manutenção em infraestruturas energéticas, como usinas de energia, parques eólicos e linhas de transmissão. Por meio da análise desses dados históricos de desempenho e leituras de sensores, é possível programar manutenções, o que evita paralisações em momentos inapropriados. Projeto de sistema de energia Os modelos de IA generativa são capazes de simular diferentes cenários de projeto e otimizar os parâmetros do sistema. Dessa forma, ela auxilia engenheiros e planejadores a desenvolverem soluções inovadoras que atendam às necessidades energéticas, enquanto minimizam o impacto ambiental. Isso é especialmente útil para microrredes, soluções de armazenamento de energia, projetos de energia renovável, entre outros sistemas de energia. Otimização da eficiência energética Analisando dados de sensores IoT e contadores inteligentes, a IA generativa identifica oportunidades de economia de energia e recomenda medidas de eficiência. Além de reduzir os custos de energia para os consumidores, esse fator também contribui para a sustentabilidade ambiental, podendo ser aplicada em edifícios, processos industriais e sistemas de transporte. O Futuro da IA Generativa no Setor Energético Tendo em vista tudo o que discutimos, pode-se dizer que a IA generativa tem potencial para transformar o setor energético . Por meio dela, empresas podem tomar decisões com base em dados sólidos, melhorar a eficiência operacional e acelerar a transição para um sistema energético mais sustentável e resiliente. Além disso, a Distributech também destacou os Large Language Models (LLMs), projetados para entender e gerar linguagem humana. Um exemplo bem conhecido é o ChatGPT, que foi utilizado em um caso interessante no serviço de atendimento ao cliente. O LLM analisou gravações do SAC para classificar por assunto e sentimento do cliente, identificando problemas mais impactantes e ajudando a elaborar um plano de ação. Ou seja, o céu é o limite! Cabe a nós, humanos, definir quais Business Cases entregam mais valor e aplicar a tecnologia para implementá-los, contribuindo para um mundo melhor. Garanta a eficiência e inovação no setor elétrico com a Concert Em busca de apoio para sua obra? Na Concert, você encontra uma equipe de profissionais altamente qualificados em Sistemas de Proteção, Controle e Supervisão (SPCS), comissionamento , fiscalização, mão de obra especializada e muito mais. Nossos especialistas atuam junto às maiores concessionárias de energia do Brasil, trazendo a expertise necessária para assegurar a agilidade e segurança na execução de projetos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Descubra mais sobre a nossa atuação. Fale com um especialista !
Por Concert Technologies 28 de março de 2025
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Por Concert Technologies 28 de março de 2025
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Por Concert Technologies 27 de fevereiro de 2025
A integração eficiente de dados é uma necessidade crítica para o setor elétrico, tanto para concessionárias de energia quanto para o próprio ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que enfrentam desafios operacionais complexos diariamente. Dados de diferentes fontes , como sistemas de monitoramento, sensores de campo e previsões climáticas, precisam ser harmonizados para fornecer uma visão clara da operação, principalmente em momentos críticos. Apesar de ideal, essa é uma realidade distante para grande parte dos agentes atualmente, que ainda lidam com processos obsoletos e pouco eficientes para gestão unificada de informações. Para isso, um sistema que centraliza informações de múltiplas fontes é a solução. Hoje, vamos entrar em detalhes sobre os desafios da integração de dados no setor elétrico e como superá-los com sistemas inovadores baseados em Inteligência Artificial. Confira! Por que a falta de integração é um problema? A operação de uma concessionária de energia elétrica depende da coleta e análise de dados provenientes de diversas fontes , como sistemas SCADA, previsões meteorológicas, e estimadores de estado. A falta de integração dessas informações em uma plataforma única cria um ambiente operacional fragmentado , que dificulta a tomada de decisões rápidas e informadas. Sem uma interface única de operação, operadores se veem obrigados a navegar por múltiplos sistemas para obter as informações necessárias , o que não só consome tempo , mas também aumenta a probabilidade de erros humanos . A consequência é uma operação ineficiente, onde a capacidade de resposta a eventos imprevistos é comprometida. Isso tende a afetar a capacidade de resposta da concessionária a esses eventos e a gestão cotidiana da rede. Outro problema crítico é a sobrecarga de informações que os operadores enfrentam. Com dados dispersos em vários sistemas, eles precisam reunir manualmente as peças do quebra-cabeça para entender a situação operacional . Além disso, esse cenário também impede a visualização rápida e precisa de problemas e oportunidades. A comunicação entre diferentes agentes do setor elétrico é outro ponto de dor significativo. Atualmente, essa comunicação é frequentemente realizada por telefone, um método arcaico que resulta em uma sobrecarga de ligações e possíveis falhas de comunicação. Esse método ineficiente é agravado pela falta de integração de dados, que impede uma coordenação eficaz entre geradores, transmissoras, distribuidoras e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Como melhorar a integração de dados no setor elétrico? Para mitigar os efeitos que citamos, é importante investir na implementação de sistemas automatizados de comunicação e coordenação . Esses sistemas foram especialmente desenvolvidos para modernizar e agilizar processos, com capacidade de integrar dados de múltiplas fontes de maneira coesa e acessível. O xOMNI Intelligent Assistant da Concert Lab mudou o paradigma de monitoramento de alarmes para a orientação de tarefas nas concessionárias elétricas. Utilizando inteligência artificial, nosso assistente higieniza e integra dados de forma eficiente, proporcionando uma visão clara e atualizada da situação operacional em tempo real e orientando as equipes para ações mais precisas. veja como o xOMNI IA pode tornar as operações mais eficientes e seguras: Interface centrada no usuário: elaborada especificamente para atender às necessidades operacionais, garantindo uma experiência intuitiva. Metodologia de indústrias críticas: emprega práticas comprovadas em setores de alta exigência, como defesa e aviação, para assegurar confiabilidade e precisão. Higienização de dados com inteligência artificial: analisa e purifica dados do campo, permitindo a detecção precoce de problemas. Registro automatizado de ocorrências: aumenta a consciência situacional e reduz significativamente o tempo de restabelecimento do sistema após falhas. Como funciona o xOMNI IA? O xOMNI IA baseia-se em um barramento de dados, onde os diversos sistemas que compõem o ecossistema do centro de operação publicam os dados que lhes são inerentes . Os microsserviços e módulos de IA desenvolvidos pelo xOMNI IA realizam uma análise eficiente das informações disponibilizadas, permitindo identificar a causa raiz de faltas, validar a atuação das proteções e realizar a previsão de medições e de faltas. Além disso, o sistema organiza e permite acompanhar todos os dados relevantes associados, como a correlação com eventos meteorológicos e de queimadas, documentações de instruções de operação, diagramas de operação e análises de contingência de linhas. A informação trabalhada é então disponibilizada em uma interface de usuário intuitiva . Isso permite que o operador se concentre apenas na execução das ações preventivas ou de restabelecimento, evitando que a falta ocorra ou se amplie. Entenda o xOMINI IA na prática Imagine que, em um dia de tempestades, um operador de uma concessionária elétrica enfrenta múltiplas falhas em diferentes partes da rede. Com o xOMNI IA, ele consegue visualizar instantaneamente uma análise detalhada da situação , identificando as áreas mais afetadas e os equipamentos que falharam. Graças à higienização de dados e ao diagnóstico proativo do sistema , o operador pode identificar a causa raiz rapidamente, oferecendo-o o conhecimento necessário para a implementação de uma ação rápida para redistribuir a carga e restabelecer o serviço. Geralmente, o processo é feito com poucos cliques, antes que a maioria dos clientes perceba uma interrupção significativa . Dessa forma, nossa ferramenta pode ser uma grande aliada para a melhoria na confiabilidade do fornecimento de energia em situações críticas. Na Concert Lab, compreendemos os desafios enfrentados por operadores em tempo real do setor elétrico , por isso oferecemos soluções que tornem as operações cada dia mais seguras e eficazes . Desenvolvemos o xOMNI IA, uma ferramenta projetada para aprimorar a consciência situacional e agilizar decisões críticas para otimizar a gestão operacional e torná-la mais responsiva. Quer elevar o nível da sua operação elétrica com o xOMNI IA? Converse com nossos especialistas e conheça essa tecnologia inovadora em detalhes!
Por Concert Technologies 10 de janeiro de 2025
Quando se fala de aceitação e controle de qualidade, a amostragem é uma prática comum e amplamente utilizada para verificar a conformidade de equipamentos e sistemas. Testes como TAF (Teste de Aceitação em Fábrica) e TAC (Teste de Aceitação em Campo) foram desenvolvidos para garantir que os produtos atendam aos padrões estabelecidos antes de serem entregues ao mercado ou colocados em operação. Contudo, enquanto a amostragem oferece uma visão rápida do estado geral, ela pode não capturar a totalidade dos riscos e variáveis envolvidas. Assim surge a necessidade de um segundo parecer técnico, com uma abordagem mais abrangente: a fiscalização, focada nos detalhes que os testes TAF não englobam. Para descobrir qual a importância de uma fiscalização especializada que vai além dos testes por amostragem, e porque você precisa dessa etapa na sua operação, continue lendo esse artigo! Para que servem os testes TAF e TAC? Em mercados que dependem de equipamentos robustos e com alta confiabilidade, como o setor elétrico, uma pequena falha pode resultar em grandes prejuízos . Portanto, é primordial assegurar que esses dispositivos funcionem conforme o esperado, tanto durante a fabricação quanto após a instalação no campo. Para isso, são utilizados dois procedimentos chave: o Teste de Aceitação de Fábrica (TAF) e o Teste de Aceitação de Campo (TAC) . Cada um desses testes possui um papel específico no ciclo de vida dos equipamentos, como vemos abaixo: TAF (Teste de Aceitação de Fábrica) : Testa o equipamento ainda na fábrica para garantir que ele esteja dentro das especificações técnicas e de segurança antes do envio. TAC (Teste de Aceitação de Campo) : Realizado já no local de operação, verifica se o equipamento funciona corretamente nas condições reais de uso.  Ambos têm como principal objetivo assegurar que o equipamento atenda a todos os padrões de qualidade e segurança estabelecidos . O TAF serve para identificar e corrigir falhas antes que o equipamento deixe a fábrica, enquanto o TAC garante que, uma vez instalado, o equipamento continue operando de maneira eficiente em um ambiente real, muitas vezes mais complexo do que o ambiente controlado da fábrica.
Por Concert Technologies 18 de dezembro de 2024
A tecnologia de transmissão de sinais via fibra óptica é uma alternativa aos tradicionais – e caros – fios de cobre, ainda muito comuns em instalações elétricas. Essa tecnologia, chamada de “Barramento de Processo”, pode gerar uma economia de até 50% na implantação de novos projetos. O uso dessa tecnologia tem se confirmado como uma forte tendência no setor elétrico, uma vez que ela impacta diretamente na redução de custos, principalmente com materiais e serviços. Além de ser uma solução sustentável, alinhada com as boas práticas de ESG (Environmental, Social and Governance). Quer saber mais sobre os benefícios do uso de fibra óptica no setor elétrico? É só continuar lendo! O que é o barramento de processo? O Barramento de Processo é uma tecnologia que utiliza fibra óptica para digitalizar medições analógicas de equipamentos primários, como transformadores de corrente e tensão. A transmissão dos sinais via fibra óptica é realizada através de uma estrutura chamada Merging Unit. Esse dispositivo faz a interface entre os processos eletrônicos, conectando diversos periféricos através de um barramento (caminho onde os dados trafegam) em comum no hardware. O processo funciona da seguinte forma: a Merging Unit é posicionada próxima ao transformador de instrumento, que registra os valores medidos, os digitaliza e os envia para dispositivos de proteção via um fluxo de dados de valores medidos amostrados amostras de valores medidos (SMV) através de um switch Ethernet de fibra óptica. Dessa forma, é possível automatizar a transmissão dos dados medidos nas subestações para dispositivos eletrônicos inteligentes de supervisão, proteção e controle, utilizando protocolos de comunicação modernos. E para facilitar a operação, os dados ficam concentrados em nuvem. 3 benefícios da fibra óptica para a implantação de subestações de energia A utilização da fibra óptica em subestações de energia oferece inúmeras vantagens em comparação com os convencionais fios de cobre. Confira três dos principais benefícios: Economia de custos: a substituição dos fios de cobre resulta em uma redução considerável de custos com materiais e serviços, além de acelerar o processo de instalação, gerando economia tanto financeira quanto temporal. Maior segurança: o uso de fibra óptica elimina o compartilhamento elétrico do circuito de corrente até o painel de proteção, reduzindo o risco de acidentes e desligamentos acidentais provocados por impactos ou vibrações em painéis. Redução de falhas e tempo de montagem: com um número reduzido de conexões elétricas, a fibra óptica diminui a probabilidade de falhas e o tempo necessário para montagem, o que torna o sistema mais eficiente. O uso da fibra óptica em um projeto da subestação Macaé 2 Um exemplo prático do uso dessa solução é o projeto de modernização da subestação Macaé 2 (Furnas), no Rio de Janeiro. Nós da Concert Technologies estamos implantando quatro novos painéis de Merging Unit próximos aos equipamentos de pátio e 12 novos painéis de proteção e controle na sala de controle. A conexão entre esses painéis é feita por 24 fibras ópticas, que fazem uso de recursos já existentes como canaletas e caixas de passagens. Tradicionalmente, os transformadores de instrumentos seriam conectados diretamente aos dispositivos de proteção usando linhas de cobre paralelas. Embora essa abordagem seja eficiente, ela exige um grande esforço de fiação, tem limitações físicas e apresenta o risco de circuitos abertos. O Barramento de Processo, por sua vez, utiliza unidades de fusão como interfaces interoperáveis entre equipamentos de diferentes fornecedores. Assim, os relés de proteção podem usar os dados digitais dos valores medidos amostrados amostras de valores medidos, permitindo que a concessionária de energia tenha um controle mais eficiente de seus ativos. Considerações finais A adoção do Barramento de Processo com tecnologia de fibra óptica nas subestações marca uma evolução significativa no setor elétrico. A digitalização traz uma série de benefícios, desde a redução de custos e aumento da segurança até a melhoria da eficiência operacional. "(...) Com isso (Barramento de Processo), podemos dizer que as subestações digitais já são uma realidade e contribuem para um setor mais seguro e confiável”, afirma Junio Firmino, gerente de Engenharia da Concert Technologies. Fale com o time de especialistas na Concert Engenharia e descubra como podemos modernizar suas subestações de energia com soluções digitais inovadoras!
Por Concert Technologies 3 de julho de 2024
O Grupo Concert ainda mais completo
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Por Concert Technologies 14 de agosto de 2023
Em 2023, comemoramos não apenas 22 anos de existência, mas também 41 anos caminhando ao lado da inovação e da tecnologia para apoiar a eficiência operacional do setor elétrico brasileiro e a exploração espacial nacional.
Engenheiro elétrico fazendo a proteção, controle e supervisão de uma subestação elétrica.
Por Concert Technologies 31 de julho de 2023
Nesse post, iremos falar sobre a importância do SPCS para a segurança e a confiabilidade da rede elétrica das concessionárias, evitando falhas e maximizando a eficiência do sistema elétrico.
Por Concert Technologies 26 de maio de 2023
No setor elétrico , o Gerenciamento e Outsourcing são práticas comuns na fiscalização e posta em marcha de obras de uma concessionária de energia , como subestações, linhas de transmissão e usinas. É feito por meio de suporte e alocação de mão de obra especializada e garante à concessionária a qualidade de seus processos , o cumprimento dos prazos e a economia de recursos . Continue a leitura e entenda melhor como o Gerenciamento e Outsourcing de serviços pode auxiliar o setor elétrico, em especial as concessionárias de energia.
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