Traditional Space x New Space: entenda os novos conceitos do setor aeroespacial
O setor aeroespacial está passando por transformações: um novo movimento chegou para mudar a forma de explorar o espaço, acelerando o crescimento de empresas de tecnologia nesse meio.
É de conhecimento geral que o setor aeroespacial sempre foi um dos mais valorizados em todo o mundo. Há anos, diversos países têm realizado grandes investimentos nesse mercado, buscando desenvolvimento socioeconômico.
Com o surgimento do chamado New Space, as futuras perspectivas para o setor se tornaram ainda mais positivas, podendo atingir mais de US$ 1 trilhão de dólares já em 2040, segundo relatório do Citigroup, divulgado pelo canal de negócios norte-americano CNBC.
Quer saber de que forma esse movimento irá alcançar números incríveis como este? Continue lendo para conhecer os novos conceitos do setor aeroespacial e entender as mudanças que eles estão trazendo.
Traditional Space x New Space
O que é Traditional Space
A exploração do espaço como conhecíamos até então teve início com o “efeito Sputnik”. Assim que a URSS foi capaz de colocar seu primeiro satélite em órbita, em 1957, e aprimorou sua produção de foguetes, os EUA teve uma reação rápida, que os levou a criação da NASA e ao desenvolvimento de missões e programas espaciais ambiciosos.
A partir disso, outros países, entre eles o Brasil, também entraram para a exploração espacial. Essa grande corrida, que sempre foi baseada em decisões geopolíticas, contava com uma pequena participação empresarial.
Ou seja, durante quase quatro décadas, o governo conduziu as operações no espaço, enquanto as empresas ficavam a cargo de encomendas tecnológicas feitas por ele.
Em outras palavras, o Traditional Space tem como principais agentes as organizações governamentais, que utilizam o poder de compra pública para investir na exploração do espaço, bem como definem os requisitos e a forma de realizar o desenvolvimento tecnológico dessa atividade.
Geralmente, realizam grandes projetos, de elevado custo e tempo de duração, inviabilizando a atuação independente de empresas privadas no setor.
Por isso, o New Space chega com a missão de expandir, descentralizar e democratizar o acesso ao espaço.
O que é New Space
O New Space é um movimento que nasce da transformação do modo tradicional de administrar as atividades espaciais.
Os processos que antes eram conduzidos apenas pelo estado, ganham uma crescente participação privada, com grandes investimentos em P&D, que aumentam as capacidades científica, tecnológica e de defesa de um país.
Diferentemente dos projetos do Traditional Space, esse novo formato de exploração do espaço visa
projetos menores e mais baratos
que trazem uma série de
soluções de impacto imediato, oferecendo maior produtividade.
Mas como chegamos até aqui?
A partir da década de 80, houve uma evolução dos marcos legais e regulatórios do setor aeroespacial e uma miniaturização de tecnologias espaciais.
Assim, novas empresas surgiram com o intuito de explorar esse mercado, impulsionando a adoção de modelos de negócios inovadores, com soluções disruptivas.
Essas empresas, ao invés de apenas aguardarem as demandas tecnológicas do estado, passaram a uma
atuação mais próxima das operações espaciais, com o
desenvolvimento de lançadores, a
observação da Terra, as
telecomunicações e a
exploração espacial.
Então, o que muda?
O New Space nomeou como Traditional Space o que vem sendo feito desde o lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, em 1957.
Grande parte do setor continua sendo liderado pelo governo, enquanto as empresas privadas ainda são contratadas como parte de programas públicos.
Porém, agora, as empresas possuem mais autonomia nos processos, definindo o “como fazer”: projetos menores, mais baratos e com menos riscos.
Essa nova forma de explorar o espaço, certamente, torna o investimento no setor mais seguro, com mais chances de obtenção de retorno em um período mais curto.
Por isso, o New Space é uma grande oportunidade para o
desenvolvimento econômico mundial
e a
evolução tecnológica.
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